Thunderbolts é a salvação da Marvel!? (Crítica)
Lançado em 2025, Thunderbolts chega ao Universo Cinematográfico da Marvel com a difícil missão de reconquistar parte do público que se mostrou dividido com algumas produções recentes. Dirigido por Jake Schreier, o longa reúne um elenco poderoso com Florence Pugh, Sebastian Stan, David Harbour, Wyatt Russell, Hannah John-Kamen, Olga Kurylenko e Harrison Ford, entre outros. A proposta aqui é diferente: embora ainda siga a fórmula do estúdio, Thunderbolts aposta em uma narrativa mais introspectiva e emocional, explorando temas como depressão, redenção e identidade, sem deixar de lado o humor característico e as grandes sequências de ação.
Tecnicamente, o filme impressiona ao equilibrar efeitos práticos, CGI inteligente e cenários reais, entregando um visual mais cinematográfico do que muitos títulos recentes da Marvel. O resultado é uma produção divertida, emocionante e tecnicamente sólida — e que pode representar um novo fôlego para o estúdio no futuro do MCU.
Crítica – Thunderbolts
Thunderbolts é a salvação da Marvel?
Não — até porque eu nem acho que a Marvel precise ser salva. Porém, a produção representa sim um ótimo respiro, já que não repete os problemas que marcaram algumas obras recentes do estúdio.
Tecnicamente, Thunderbolts é muito equilibrado. Mistura ação, comédia e drama na medida certa, além de ser visualmente muito bem resolvido. Diferente de outros longas da Marvel, ele realmente parece um filme de verdade. Não abusa do fundo verde nem do CGI, usando esses recursos de forma inteligente, junto a cenários reais e efeitos práticos que fazem muita diferença. A fotografia é bem trabalhada, e a trilha sonora também merece destaque.
Na história, o longa traz algo um pouco diferente. Embora ainda siga a fórmula do estúdio, faz isso com uma roupagem nova, entregando uma narrativa mais introspectiva, que desenvolve bem seus personagens e trata de temas importantes, como a depressão, com sensibilidade.
A trama reúne personagens desajustados — muitos deles que o público não esperava ver juntos — e, mesmo assim, consegue fazer com que funcionem muito bem em conjunto. Além disso, Thunderbolts brinca com a própria ideia dessa formação inusitada, usando metalinguagem de forma criativa.
No fim, consegue ser divertido, abordar temas sérios e entregar ótimas cenas de ação. Até o fanservice, que muitas vezes atrapalha outras histórias, aqui é muito bem usado — especialmente nas cenas pós-créditos, que são excelentes e deixam aquele gostinho de “quero mais” que a Marvel sabia tão bem como criar.
Mais do que isso: Thunderbolts acaba sendo um filme inesperadamente emocionante, e talvez seja o maior acerto da Marvel nos últimos anos.

Nota: 5/5
✍🏽 Marcelo Silva, CEO do Multi Nerdz
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