Predador: Terras Selvagens é mais Disney, mas tão brutal quanto antes (Crítica)
O sétimo filme da franquia Predator, Predador: Terras Selvagens, é dirigido por Dan Trachtenberg e estrelado por Elle Fanning como Thia e Dimitrius Schuster-Koloamatangi como Dek. Produzido pela 20th Century Studios, o longa se passa em um planeta remoto e futurista, acompanhando a improvável aliança entre um jovem Predador renegado e uma androide da corporação Weyland-Yutani. A expectativa é alta: Predador: Terras Selvagens promete um espetáculo de ação e visuais impressionantes em IMAX, além de marcar uma nova fase da saga ao adotar classificação PG-13 — a primeira da linha principal da franquia com esse selo. Assistimos ao filme a convite da Disney/20th Century Studios Brasil, e neste texto você confere a nossa crítica do longa, que chega aos cinemas brasileiros na próxima quinta-feira, dia 6 de novembro.
Crítica – Predador: Terras Selvagens
Predador: Terras Selvagens é, sem dúvidas, o filme mais Disney de toda a franquia — e isso não é uma crítica negativa. É apenas diferente. O longa traz um tom mais leve, divertido e acessível, equilibrando bem ação, humor e espetáculo visual.
Dirigido por Dan Trachtenberg, o mesmo de O Predador: A Caçada (2022), o filme aposta em algo novo dentro da saga. Se Prey era mais contido e atmosférico, Terras Selvagens mergulha de vez na ação. É uma produção que entrega sequências intensas de luta e perseguição, mas sem abrir mão de momentos de descontração e até mesmo sensibilidade.
A grande surpresa aqui é a dinâmica entre o Predador e a personagem de Elle Fanning, que está carismática e segura no papel. Juntos, eles formam uma dupla inusitada, funcionando quase como um “buddy movie” espacial. O filme traz, de forma leve, uma reflexão sobre empatia e aprendizado — mostrando um lado diferente do Predador, mais observador e até sensível, sem cair no piegas.

Apesar do humor mais presente, o foco continua sendo a ação, e nesse aspecto o filme brilha. As cenas são bem coreografadas e visualmente impressionantes, sustentadas por um design de produção espetacular. O planeta dos predadores, cenário principal da trama, é um deleite visual: um mundo exótico, perigoso e ao mesmo tempo fascinante.
Outro detalhe que reforça essa imersão é a nova língua criada para os Yautja, desenvolvida pelo linguista Britton Watkins — o mesmo que trabalhou com Paul Frommer, criador da língua de Avatar. Essa linguagem, adiciona uma camada extra de realismo e profundidade ao universo. Os efeitos visuais e a trilha sonora estão no nível mais alto da franquia, ajudando a construir uma atmosfera grandiosa.
No fim, Predador: Terras Selvagens é um filme divertido, ágil e feito para o cinema. É o tipo de blockbuster que pede uma tela IMAX e uma boa pipoca. Para os fãs, há várias referências à franquia original e ao universo de Alien — incluindo a presença da corporação Weyland-Yutani e seus androides, que reforçam a conexão entre as duas sagas.

O filme ainda deixa um gancho claro para uma continuação, o que faz sentido: os personagens são carismáticos, o novo tom funciona, e o universo compartilhado entre Alien e Predador parece mais vivo do que nunca. Terras Selvagens pode até ser o mais “Disney” da franquia, mas é também um dos mais empolgantes — um filmaço de ação sci-fi, com energia, carisma e espetáculo.

Nota: 4/5
✍🏽 Marcelo Silva, CEO do Multi Nerdz
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